No 1º trimestre de 2020, o total da receita do Governo Geral apresentou crescimento nominal de 3,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse incremento foi influenciado principalmente pelos impostos e contribuições sociais, que cresceram 3,9% e 4,4%, respectivamente, em termos nominais. Contudo, em termos de porcentagem do PIB, a receita reduziu 0,2% do PIB em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 44,9% do PIB para 44,7% do PIB. As despesas tiveram decréscimo nominal de 3,2%. Tal diminuição pode ser explicada principalmente pela queda da despesa com juros (26,3%) e, residualmente, pela despesa de subsídios que caiu 45,6%. Em termos de porcentagem do PIB, as despesas alcançaram 44,5% do PIB, ante a 48% do PIB no mesmo período do ano anterior.

A aquisição de ativos não financeiros (investimento) do Governo Geral registrou acréscimo de 26,4% no 1º trimestre de 2020 em relação ao 1º trimestre de 2019. Adicionalmente, houve redução nas alienações de ativos não financeiros (1,7%) e no consumo de capital fixo (1,8%). Como  resultado, o “investimento líquido em ativos não financeiros” passou de um valor negativo de 0,8% do PIB no mesmo período do ano anterior, para um valor negativo de 0,5% do PIB.

Como resultado desses fluxos a necessidade líquida de financiamento do Governo Geral registrou decréscimo nominal de 129,7%, passando de 2,3% do PIB para uma capacidade líquida de financiamento de 0,7% do PIB. Este é o primeiro resultado positivo de capacidade líquida de financiamento do Governo Geral desde 1º trimestre de 2013.