No 1º trimestre de 2021, a capacidade líquida de financiamento do Governo Geral alcançou 2,9% do PIB, ante 0,9% do PIB no mesmo período do ano anterior. Essa variação se deve ao aumento nominal de 11,6% da receita do Governo Geral em relação ao mesmo período do ano anterior, que mais que compensou a elevação de 6,4% da despesa.

Em termos de porcentagem do PIB, a receita aumentou 0,2 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 43,6% para 43,8% do PIB no 1º trimestre de 2021. Essa elevação é explicada essenciamelnte pela melhora na arrecadação a partir do terceiro trimestre de 2020, desde a queda expressiva no 1º trimestre de 2020, efeito da pandemia de Covid-19.

A despesa total Governo Geral registrou 40,9% do PIB no 1º trimestre de 2021, o que representa uma redução de 1,8 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Os gastos passaram de 43,2% do PIB no primeiro trimestre de 2020 para 41,7% do PIB no primeiro trimestre de 2021 e o investimento líquido partiu de um percentual negativo 0,5% do PIB para um percentual negativo 0,7% do PIB nos mesmos períodos. No que se refere aos gastos, vale ressaltar a elevação dos gastos com benefícios sociais (4,7%), principalmente em razão da adoção de medidas de enfrentamento à Covid-19, e com remuneração de empregados (5,3%).

A queda do investimento líquido em ativos não financeiros é explicada principalmente pela queda na aquisição de ativos não financeiros (4,9%) e aumento no consumo de capital fixo (15,5%).