No 2º trimestre de 2021, a necessidade líquida de financiamento do Governo Geral alcançou 7,1% do PIB, ante 27,3% do PIB no mesmo período do ano anterior. Essa variação se deve ao aumento nominal de 55,4% da receita do Governo Geral em relação ao mesmo período do ano anterior, além da redução de 1,4% da despesa. Ressalte-se que a atividade econômica do segundo trimestre de 2020 foi fortemente afetada pela pandemia do coronavírus.

Em termos de porcentagem do PIB, a receita aumentou 7,6 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 31,8% para 39,4% do PIB no 2º trimestre de 2021. Essa elevação é explicada essencialmente pela melhora na arrecadação a partir do terceiro trimestre de 2020, desde a queda expressiva no 1º trimestre de 2020, efeito da pandemia de Covid-19.

A despesa total do Governo Geral registrou 46,5% do PIB no 2º trimestre de 2021, o que representa uma redução de 12,6 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. Os gastos passaram de 59,6% do PIB no segundo trimestre de 2020 para 47,1% do PIB no primeiro trimestre de 2021 e o investimento líquido partiu de um percentual negativo de 0,4% do PIB para um percentual negativo de 0,6% do PIB nos mesmos períodos. No que se refere aos gastos, vale ressaltar a redução dos gastos com benefícios sociais (11,4 p.p. do PIB), principalmente em razão da adoção de medidas de enfrentamento à Covid-19 no segundo trimestre de 2020.

A queda do investimento líquido em ativos não financeiros é explicada principalmente pela redução nominal na aquisição de ativos não financeiros (15,8%) e aumento no consumo de capital fixo (12,9%).