Em 2022, a necessidade líquida de financiamento do Governo Geral alcançou 3,1% do PIB, ante 2,3% do PIB registrado no ano anterior. Essa variação é explicada pelo aumento nominal de 19,6% da despesa em relação ao ano anterior ante um aumento de 17,7% da receita no mesmo período.

Em porcentagem do PIB, o total da receita do Governo Geral passou de 40,9% em 2021 para 43,3% em 2022. Esse aumento de 2,3 p.p. do PIB reflete uma elevação na receita de impostos (+0,44 p.p. do PIB) e, principalmente, nas receitas patrimoniais, que inclui juros (+0,58 p.p. do PIB), concessões (+0,42 p.p. do PIB) e dividendos (+0,39 p.p. do PIB).

A despesa total Governo Geral também registrou aumento em termos de porcentagem do PIB, ao passar de 43,2% do PIB no ano anterior para 46,4% do PIB em 2022. Os gastos passaram de 43,5% do PIB em 2021 para 46,0% do PIB em 2022. Ressalte-se o crescimento de 1,3 p.p. do PIB da despesa com juros, influenciada pela elevação da taxa básica de juros - SELIC.

Já o investimento líquido partiu de um valor negativo de 0,3% do PIB para um valor positivo de 0,4% do PIB. O ano de 2022 marcou a primeira vez que o investimento líquido do governo geral registrou um valor positivo desde 2015, resultado explicado pelos investimentos realizados pelos governos estaduais e municipais em projetos de infraestrutura, por exemplo, conservação e manutenção da malha viária, ampliação de frota e estruturação das edificações públicas.